Mulheres, 1966
Guache e nanquim s/ cartão Ass. inf. direito datado de 16.08.66 Ivan Serpa (1923-1973) foi um dos maiores nomes do modernismo brasileiro, deixando um legado inquestionável na História da Arte nacional do século XX. Serpa recebeu inúmeros prêmios, realizou várias exposições e participou de sete edições da Bienal de São Paulo, além da Bienal de Veneza (1952, 1954 e 1962) e a primeira edição da Bienal de Zurique (1960), onde também foi premiado. Aos 26 anos, além de atuar como pintor, desenhista e gravador, era também professor no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A instituição realizou três retrospectivas de sua obra nos anos 1965, 1971 e 1974. Em 2021, foi a vez do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) com a exposição “Ivan Serpa - A expressão do Concreto", com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Hélio Márcio Dias Ferreira. Sua obra desde o início da carreira oscilou entre o figurativo e a abstração concreta. Nos anos 1950, mergulhou no concretismo, fundou o Grupo Frente ao lado de Ferreira Gullar mobilizando seus alunos do MAM-RJ. Na década de 1960, influenciado pelo desenho infantil, construiu imagens entre a abstração e a figuração. A partir de 1963, intensificou seu interesse pela figuração, realizando trabalhos como os da Série Negra e das séries Bichos e Mulheres com Bichos. Algumas obras incorporaram letreiros e a sobreposição de formas geométricas, esta produção foi exposta em mostras importantes, como Opinião 65, Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira. A obra aqui apresentada é da fase mulheres datada de 1966, produzida em Nanquim e guache sobre papel. Uma trabalho excepcional, disponível em nosso acervo.