Conjunto Serviço dos Pavões, Peças em porcelana, Família Rosa, pertencente ao Serviço Imperial de D. João VI, composto por 56 pratos rasos, 27 pratos fundo, 5 covilhete, 5 travessas, sendo uma par de travessas maiores e 3 em tamanhos pequena, média e grande, 3 molheiras, 3 saleiros e uma sopeira com presentoir. Centro apresentando dois pavões, sobre um rochedo, cercados de peônias. Borda em flores e arabescos. Sec. XVIII. Serviço dos Pavões (também conhecido como Serviço dos Dois Pavões, ou, em inglês, Double Peacock Service) é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong, sob encomenda, para a Europa, trazido e comercializado pela Companhia das Índias Ocidentais. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e 1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Na sua borda figuram quatro ramos postos em cruz e a orla rouge de fer, alternada com chamativas estilizações de ramos na cor azul. No campo, observa-se um casal de pavões sobre rochas e um ramo com grandes peônias, separados da borda da peça por um friso flordelisado. Além de pratos de vários tamanhos, é composto por sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como “viajante”, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo.